Morality.

. domingo, 14 de fevereiro de 2010

Supondo-se que os conceitos de moralidade são meras regras sociais, como uma bula a ser seguida para ser aceito entre aquela “tribo”, tal bula continha regras de se portar sem atrapalhas os terceiros, podia-se levar ou não a questão de “regras divinas” ou não, mas sempre tais regras, além de sempre lubrificar as roldanas dos sistema, causaria certa proteção aos participantes daquele meio.

Mas é natural do ser humano a defesa de sua propriedade, tal como aqueles que são amados, e os modos que facilitam tal proteção costumam ir contra a regra, pois pode ferir ou destruir terceiros que causem problemas, ou até mesmo impeçam o crescimento e benfeitorias daqueles a qual o sujeito defende, logo a “moralidade’ é sempre, de acordo com sua maleabilidade, moldada para que parecesse  que a mesma não fora quebrada, alguns pensadores foram sinceros na argumentação de, que para um bem próprio e maior, tal moralidade pode ser ignorada.

Mas tal exposição não é bem vista devida a hipocrisia natural dos meios, logo tais pensadores são mau quistos pela história, por exemplo, o nome de Nicolau Maquiavel se tornou um adjetivo de algo pérfido, sem escrúpulos.

Um exemplo de organização que usa a maleabilidade dos conceitos são as antigas “famiglias” italianas [Vulgo Máfia] que, para defender os membros, ia de frente com os direitos daqueles que os atrapalhavam, é o instinto primordial de defesa, mas como dito anteriormente, os pífios conceitos de moralidade cristã negariam tais ações.

Podemos usar o exemplo do livro “Mandarim” de Eça de Queiroz, quando e tratar sobre o tilintar da campainha¹, a maioria das pessoas diria  –“ Eu nunca tocaria, tiraria a vida de alguém, e eu teria de conviver com isso” O que é uma grande besteira, pois qualquer pensaria primeiro no seu conforto e de seus filhos, os únicos que não tocariam são as raríssimas pessoas que levam os conceitos divinos de honestidade como prioridade, e estes são menos que 3% de toda a sociedade.

Enfim, talvez os indivíduos sejam menos “senseless” que Michael Corleone, mas os conceitos morais são falhos e maleáveis, não existe pureza do ser, existe, em primeiro lugar antes de qualquer relação pessoal, o instinto de autopreservação.



¹ No fundo da China existe um mandarim mais rico que todos os reis de que a fábula ou a história contam. Dele nada conheces, nem o nome, nem o semblante, nem a seda de que se veste. Para que tu herdes os seus cabedais infindáveis, basta que toques essa campainha, posta a teu lado, sobre um livro. Ele soltará apenas um suspiro, nesses confins da Mongólia. Será então um cadáver: e tu verás a teus pés mais ouro do que pode sonhar a ambição de um avaro. Tu, que me lês e és um homem mortal, tocarás tu a campainha?

 

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