"- Acabaram meus cigarros."
Era o único pensamento que incomodava naquela noite, pois nada era mais como antes, tudo o que conhecia havia tornado um vortex, uma mescla de infelicidade e desejos, não havia mais ninguém nas ruas, existia apenas um reconfortante silêncio, no máximo o som de vidros que se partiam ao cair no chão, tal como a garrafa de bourbon a qual tomava us tragos de tempos em tempos.
A escuridão e o vazio traziam uma beleza singela a qual não conhecia, o legado daquelas pessoas se tornara belo, mesmo com elas não estando mais presentes, o chapiscar das gotas de chuva nas poças d'água formadas no asfalto criavam uma bela sinfonia, não existia mais as buzinas, as campainhas de celulares, os gritos, as conversas, o desespero.
Aquela paz não parecia o desespero de antes, os saques, os gritos, os incêndios e noticiários, nunca pensava que as coisas iam ocorrer assim, mas que seja, ninguém era importante mesmo, as cidades tornaram-se gangrenas expostas daquilo que nós somos, uma exposição mórbida de mesquinharias, agora não há mais nada, não há o progresso, não há os deuses que causaram muita parte disso, não há nada.
É apenas o fruto, o mesmo fruto que explodiu aquele prédio em Oklahoma, ou violentou aquela bela menina de olhos verdes em Mumbai, matou de fome em Stalingrado, é o fruto da ambição humana, ambição que produziu as belas artes e literaturas, mas que terminou por exterminar-mos completamente, mas não há nada o que temer, é apenas um maldito ciclo, tudo começa novamente, haverá sim a beleza, tal qual será novamente desvirginada e corrompida, tornara-se gangrenosa mais uma vez.
Por isso, ao menos posso lembrar daquela bela menina de cabelos castanhos a qual gravei em minha mente, sei que ela não mais existe, mas não importa, apenas continuarei a minha mediocre existencia junto com os esqueletos do passado, sugarei seus restos como uma bactérias, para assim, um dia poder perecer de uma vez e me tornar parte do ciclo.
Era o único pensamento que incomodava naquela noite, pois nada era mais como antes, tudo o que conhecia havia tornado um vortex, uma mescla de infelicidade e desejos, não havia mais ninguém nas ruas, existia apenas um reconfortante silêncio, no máximo o som de vidros que se partiam ao cair no chão, tal como a garrafa de bourbon a qual tomava us tragos de tempos em tempos.
A escuridão e o vazio traziam uma beleza singela a qual não conhecia, o legado daquelas pessoas se tornara belo, mesmo com elas não estando mais presentes, o chapiscar das gotas de chuva nas poças d'água formadas no asfalto criavam uma bela sinfonia, não existia mais as buzinas, as campainhas de celulares, os gritos, as conversas, o desespero.
Aquela paz não parecia o desespero de antes, os saques, os gritos, os incêndios e noticiários, nunca pensava que as coisas iam ocorrer assim, mas que seja, ninguém era importante mesmo, as cidades tornaram-se gangrenas expostas daquilo que nós somos, uma exposição mórbida de mesquinharias, agora não há mais nada, não há o progresso, não há os deuses que causaram muita parte disso, não há nada.
É apenas o fruto, o mesmo fruto que explodiu aquele prédio em Oklahoma, ou violentou aquela bela menina de olhos verdes em Mumbai, matou de fome em Stalingrado, é o fruto da ambição humana, ambição que produziu as belas artes e literaturas, mas que terminou por exterminar-mos completamente, mas não há nada o que temer, é apenas um maldito ciclo, tudo começa novamente, haverá sim a beleza, tal qual será novamente desvirginada e corrompida, tornara-se gangrenosa mais uma vez.
Por isso, ao menos posso lembrar daquela bela menina de cabelos castanhos a qual gravei em minha mente, sei que ela não mais existe, mas não importa, apenas continuarei a minha mediocre existencia junto com os esqueletos do passado, sugarei seus restos como uma bactérias, para assim, um dia poder perecer de uma vez e me tornar parte do ciclo.
2 comentários:
Nossa, q desfecho profundo =P
Muito bom ^^
Não só o desfecho é profundo...
E na forma como interpretei não passa de uma grande verdade, os mesmos homens que criam, inventam, inovam...destroem.
Muito bacana!
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