O rapaz.

. quinta-feira, 18 de junho de 2009


Caos, papeis ao chão, gerando contraste com roupas sujas, cheiro de café e nicotina de cigarros baratos, suor e mofo se juntavam em um amalgama que enlouquecia o pobre rapaz, que debruçado em uma velha escrivaninha, pernas cruzadas, a qual o jeans de sua calça encontra-se molhado e sujo, junto com seu sapato, sua camisa cheira a suor e nicotina, seu cabelo está igualmente fétido, o mesmo passara da época a qual deveria ter sido cortado, e já caira sobre seus ombros.


O tumulto de uma noite agitada se abatia sob a república, pessoas vão e vem nos corredores, cujas taboas soltas do assoalho acompanham o som inverossímil que várias vozes, risadas e correria ali causavam.

Tentava escrever, necessitava de paz e sossego para aquele seu artigo, mas a sua vida pessoal não permitira, tinha anseios, desejos, há quanto tempo não conversara com uma bela mulher? Uma mulher interessante, não aquelas cheerlanders que companheiros de quarto sempre traziam para lá, seus desejos não eram meramente sexuais, era algo maior, algo que não encontraria ali, muito menos no pub que seu amigo o convidara a ir, mas não conseguiria nada aquela noite, e precisava entregar o quarto para um de seus companheiros, pois o mesmo iria à forra com uma garota qualquer.


Banho rápido, jaqueta, carteira de cigarros, logo estava na rua, munido de alguns trocados e a companhia de alguns amigos, mas não demonstrava a agitação dos mesmos, seus trabalhos e vida pessoal o incomodavam.


O pub era mais abafado que as ruas chuvosas da cidade, o local estava estranhamente animado, alguns universitários cortejavam moças, as quais conversavam alguns minutos, alguns beijos surgiam, mas era algo mecânico, instintivo, e até de certo modo, covarde, pois ninguém encararia seu companheiro novamente, assim poderia esconder as fraquezas facilmente, isso parecia tão medíocre diante das expectativas do pobre rapaz.


A única coisa que lhe chamava atenção era uma garrafa de Bourbon na promoção, preço reduzido soava bem, seus amigos esqueceram a sua existência mesmo, e nada que respirava naquele pub valeria o mínimo de sua atenção, era melhor sair de lá, pois estava munido de sua nova amiga, a garrafa, e tinha cigarros. Uma praça calma poderia ser uma boa, longe da mediocridade contemporânea, longe dá musica ao vivo que o irritara, não suportava mais os “hits do momento”, só queria um local aonde pudesse beber, fumar e colocar as idéias no lugar.


Pronto Bruna, postei a segunda parte \o/

2 comentários:

Bruna Gabriela disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Bruna Gabriela disse...

Gostei...
e muito, estou curiosa com a continuação e acredite se eu não tivesse gostado falaria.
um do meus piores defeitos é ser sincera ao extremo
=/
Beijos
e escreve logo a continuação ^^
aishiteru

 

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