A jovem.

. domingo, 14 de junho de 2009



- Nada a fazer... – pensava assim a jovem moça, deitada de modo confortável em um velho sofá, trajando um vestido que refletia sua solidão, mão sob o seio e perdida em seus pensamentos, a outra mão encontrava-se a cachear seus cabelos negros, soltos se movendo ao ritmo lento do blues que preenchia o ambiente, com seu ritmo melancólico que praticamente se misturava com o ambiente em meia luz.

Lembranças de amores passados, seu corpo ardia em desejo não retribuído, uma ardência que tinha inicio em seu doce lábio, que se desmanchava em um calor tórrido que lhe percorria o corpo, as lembranças se mostram cada vez mais intensas, quase podia sentir o ardor de um amante, aquilo lhe provocava um doce febril, que é violentamente interrompido por um som vindo de seu telefone, quebrando totalmente aquela atmosfera intensa e solitária, alguém do mundo exterior lembrara-se de sua existência.

Era uma de suas amigas da faculdade, chamando-a para ir a um pub local, tomar alguma coisa, fumar; Afinal, era uma sexta feira, e como todo o misticismo do local havia se quebrado com o repentino telefonema, talvez aquela noite encontrasse uma agradável companhia.

O banho é rápido, assim como o tempo que leva se maquiando, logo já se encontra a caminhar nas ruas, o tempo é chuvoso e um tanto abafado, o que a obriga a vestir um casaco mais leve, a caminhada até o pub é calma, assim como a noite se seguia morna, a companhia das amigas não lhe fazia diferença, achou mais interessante alguns copos de vodka, alguns homens surgiam com interesse na sua beleza, alguns observavam atentamente seus decotes, mas ninguém ali valeria à pena, homens vazios, sem intelecto, levados apenas por emoções levianas, ou mesmo fugindo de uma vida de fracassos, e fracassos já lhe bastava os seus.

A vodka infelizmente não servira para acalmar seus anseios, seus desejos permaneciam latentes, aquela atmosfera do pub não ajudara, suas amigas demonstravam estar interessadas nos rapazes locais, mas ninguém ali valeria a pena, as pessoas agiam como tolas, aquilo era muito tolo, amaldiçoando ter saído de sua casa, compra uma garrafa por um preço reduzido e sai, esquivando-se de suas amigas, pois assim não teria que responder as perguntas enfadonhas que as mesmas poderiam fazer, andar pelas ruas poderia ser a salvação daquela noite, ou pelo menos um conforto provisório, pois sempre há uma praça aonde se pode sentar e pensar, e poderia usar sua garrafa de vodka para substituir o blues que ouvira antes...


Sim, é uma romance, e será dividido em três partes, escreverei até o final, juro.

2 comentários:

Bruna Gabriela disse...

aiii adorei...
nossa perfeito
não admito mais q vc fale q não escreve bem ¬¬

Lirielll disse...

O estado de espírito dessa menina tá muito parecido com o meu ... o.o

O.O

o.o

 

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