Soldado anônimo.
Eu sempre detestei os alemães, na verdade eu passei a odia-los a partir do inicio dessa guerra, para melhor combate-los fiz um curso de alemão em Nova York, vim para a europa sob o título de Cabo.
Desde que desembarquei na Normandia, cada dia mais chegava a conclusão que meu objetivo era privar os alemães e seus respectivos aliados de tudo o que amavam, aqueles homens que lutavam pelo partido socialista alemão não mereciam nada além se uma morte cruel, pude ver o brilho nos olhos dos jovens recrutas americanos e ingleses desaparecem sob a chuva de balas destes porcos, libertamos campo aonde, não tenho sequer palavras para descrever as atrocidades que ali existiam.
Agora, estamos a alguns quilômetros de Berlim, temos ordens de esperar os soviéticos tomarem a cidade, o que eu acho muito bom, pois perdemos muitos soldados, e os meios usados pelos soviéticos são interessantes, sou chamado fora de minha cabana, um recruta pergunta o que devo fazer com alguns corpos semi-apodrecidos de soldados alemães que se encontram ali, eu mesmo, por talvez uma curiosidade mórbida digo que vou revista-lo antes que ateiem fogo nos corpos.
Próximo de um corpo, encontro um papel dobrado, sujo de barro e sangue, o levo em minhas mãos, abro-o e começo a ler, meu alemão não é tão bom, mas consigo compreender o que aquela letra de aspecto firme escrevera:
Não há mais lugar para mim
Mesmo na terra que eu amo.
Pai, mãe, espera que não se entristeça eu não vou mais voltar.
Minha pequenina irmã pense em mim.
Eu tentei a manter protegida.
Todos nós falhamos em acreditar.
Acreditar naquele homem que nos prometia liberdade.
Agora vou pagar meus pecados, só espero que não sofram.
Não sofram por minha culpa, meus erros.
Pois aqui não há mais lugar para mim.

Depois de ler esse texto, me sinto um pouco abalado, pois até mesmo aqueles que considerei as criaturas mais vis e cruéis da terra possuíam sentimentos, afinal eram jovens, muitos deles enganados por um ditador, agora vão pagar com suas vidas, uma juventude inteira perdida em nossas mãos, e suas familias estão prestes a ser massacradas pelo soviéticos, pensando nisso sinto até um certo enjôo, sento-me e acendo um cigarro, e chego a conclusão que sempre odiei as pessoas erradas, não era os alemães que eu devia odiar, mas sim aqueles que o manipularam para se tornar suas maquinas de guerra, aquele soldado anônimo me fez perceber que os verdadeiros vilões são os lideres, que ficam em suas salas confortáveis enquanto nós entregamos nossas vidas por seus desejos de superioridade...
Rodrigo - Que está se preparando mentalmente para começa a faculdade.
5 comentários:
Lol.
Interesante. ^^
Errinhos de português aqui e acolá, mas um textinho deveras interessante. E ainda nos faz refletir sobre os horrores da guerra e das ditaduras que vivemos (ontem e hoje)... a realidade às vezes é cruel... =/
Hei, você escreve bem! ^^
Tem o hábito de escrever continhos ocasionais? Eu gostaria de ler mais coisas! xD
Abraço
Uhu... Dando uma de escritor.
Mas pensando bem você sempre se deu bem nessa parte, quem sabe se anima a escrever um livro, heim???? Mas eu quero prefáciar viu. Num esquece não.
Vou comecar a visitar aki mais vezes.
Bjoooo
Mon amie, essa temática é muito complexa, mas eu gosto. ^^ Eu poderia dizer que todas as guerras são iguais, que é sempre um choque de ideais.... mas acho que a 2ª guerra foi muito mais que isso. Foi uma época negra para ambos os lados. Foi o ápice da insegurança social, potencializada até atingir esse triste ponto.... e morreu muita, mas muita gente que nem sabia o que estava acontecendo. O pior é saber que aqueles que realmente sabiam, ficaram de longe, do alto, observando a carnificina. Sei que pareço má em dizer que todos, até o mais reles soldado, tiveram sua parcela de culpa, mas é porque creio que todos tem que ter discernimento e responder por suas ações, pensadas ou impensadas.
Narrar os pensamentos de soldados que deixam de lado o orgulho e admitem que erraram, de ambos os lados, mostra que existe consciência individual e coração por trás de cada capacete no meio do bombardeio, e trás, por incrível que pareça, mais "humanidade" em algo tão frio quanto a guerra.
Resumindo, muito bom o texto e muito boa a sua temática [e sua opinião sobre o assunto].
Quanto aos errinhos de português, tu me manda o texto que eu corrijo esses detalhes. ^^
Kisses, my dear!
Obrigado a todos.
Em relação aos erros, os mesmo se devem a minha pressa para postar, eu nem ao mesmo revisei o texto, apenas fui escrevendo...
Mein liebe...
Ficou muito bom o conto, vc tem criativvdade e inteligência aguçadas digno de merecimentos e elogios!!!!
O texto nos faz refletir sobre a questão das guerras, das pessoas q sofreram, e até áqueles que acreditaram em tais idealismos, ficando a mercê de ditadores que fizeram a tristeza de muita gente.
Mas enfim, muito interessante e comovente o conto, o poema e a maneira que ela de desenrola.....
E eu também quero ser umas das primeiras a ler outros prefàcios seus....
Bjos
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